Life is but a dream

Eu poderia não estar escrevendo esse post. Eu poderia simplesmente deixar de publicar aqui, como muitas pessoas fazem e pronto. Mas não. Este talvez, será o primeiro blog de au pair que terá um fim, e um não digo que seja um fim triste, mas é um final onde quem escreve não conseguiu o que pretendia e mesmo doendo, assume isso. Quem quiser ler, prepare que o post será grande, mas será meu desabafo.

Eu nunca gostei de morar nessa cidade. Sempre sonhei alto. Sempre fui ambicioso em relação ao meu futuro. Mas não, meus pais nunca quiseram mudar para uma cidade maior. Tudo bem. Esperei fazer os 18 anos para correr atrás do que queria e me mudar. O tempo passou. Completado os 18 anos, conheci o intercâmbio au pair, onde estava muito empenhado até ontem. Tentei. Tentei de tudo que eu podia. Várias agências. Viajei longe para uma simples entrevista. Mas não. Não deu. Talvez Deus esteja preparando algo melhor pra mim, ou talvez não seja a hora. Ontem eu chorei muito. Chorei tudo o que eu podia, tanto que a noite não tinha mais lágrimas. Mas eu coloquei tudo pra fora. Hoje, eu acordei com uma leve felicidade. Não era nada extraordinário, mas já era algo comparada a tristeza que eu senti ontem. Não sei porque eu não estou tão abalado. Só sei que antes de dormir, pedi a Deus que me ajudasse. Pedi que me mostrasse o caminho que eu deveria seguir. E acordei assim, mais leve.

Como o intercâmbio que eu sempre almejei não deu certo, agora vem o outro sonho que eu deixei pra depois. Ir embora. Ir descobrir meu destino. Não sei bem pra onde vou ainda, mas acho que tenho duas opções. São Paulo ( capital) e Campinas. Estive em ambas cidades este final de semana e achei incríveis. E ontem mesmo, já recebi algumas mensagens dizendo que gostaria de dividir apartamento/despesas e afins. Pretendo ir nesse primeiro semestre de 2014 e pretendo me ingressar em alguma faculdade. Difícil? Sim. Dá medo, aliás, muito medo. Ir sozinho para uma cidade onde você praticamente não tem ninguém. Mas eu sou assim. Eu sou movido a desafios, a adrenalina. Quanto mais difícil, mais eu tenho gula pelo desafio. Não está sendo fácil. Comecei a conversar com meus pais sobre isso agora a noite e as discussões já rolaram soltas. Meus pais nunca me apoiaram e nunca vão me apoiar em nada do que eu fizer. Foi assim também com o projeto de intercâmbio. Eles nunca aceitaram a ideia. E também jamais vão aceitar a ideia de que eu não sou acomodado e que sou ambicioso pelo meu futuro. Meu pai já deixou claro que se algo falhar, ele não quer me ver de volta. Eu apenas lamento. Lamento muito. Mas é a vida.

E jamais pensarei que apenas porque não consegui realizar uma das minhas vontades que eu serei perdedor. Jamais. Eu lutei. Lutei muito. Infelizmente não consegui, mas ganhei um ótimo aprendizado. Conheci pessoas incríveis! Fiz amizade com muita gente! Mesmo que seja difícil, devemos lutar e mesmo que não ganhemos, se orgulhar.


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